Wednesday, 9 January 2008

[1] O pirata do Mar do Norte

Aos dezasseis dias de um mês, eis que surge na sombra um jovem honesto, amigo do bem, que é bruscamente aliciado por uma ordem remota e um instinto de loucura a responder a um apelo. Como que por uma qualquer força secreta e ancestral, o rapaz entende que esse apelo lhe diz respeito. Mas mais do que isto, intriga-o o facto de o apelo o ter encontrado neste ponto do planeta, já que, nem ele nem o planeta estão parados – sempre às voltas, um sobre o outro.
Mergulhemos no mundo das trevas. Está uma noite chuvosa e cheia de relâmpagos e trovões, uma noite fria atípica para a estação. O referido jovem atreveu-se a sair do seu ninho quente e cheio de concubinas para se aventurar pela noite horrenda, cheia de perigos e ameaças que acobardam o inocente rapaz, filho do embaixador da Turquia e de uma jornalista sueca conhecida pelo seu trabalho em prol da defesa e exploração dos valores de culturas de países como Tibete e Burkina Faso.
Presa do seu charro tirado da pequena gaveta de um pequeno armário de um pequeno escritório onde seu pai costumava viajar pelo tempo, fuma e vai ao encontro de um pequeno refúgio convidado por um apelo de um pirata do mar do norte de uma maneira muito subtil – à distância, através de um classificado num jornal de tiragem nacional.
"Procuro bote insuflável com experiência em passeios para os quatro dias de batalha."

1 comment:

pedragrega said...

Ena men!!
Isso tem alguma coisa a ver com o cigano? ;)